Quatro
ladrões de bancos e de carros-fortes foram presos, com uma metralhadora
antiaérea – armamento capaz de derrubar um helicóptero e perfurar
carros blindados –, durante a Operação Cangaço,
deflagrada pela polícia baiana na região Oeste da Bahia, com o objetivo
de combater crimes contra instituições financeiras. Além da participação
das polícias Militar e Civil, houve o apoio da Secretaria da Segurança
Pública, através da Superintendência de Inteligência, e do Ministério
Público Estadual.
Foram presos
Gewides Moreira dos Santos, mais conhecido como “Capenga”, 40 anos,
Edeílson Ribeiro da Silva, Veridiane de Souza Rocha e James David Santos
Martins. Em confronto com a polícia, após resistir a prisão, Elizaldo
Pastora da Silva, também componente da quadrilha, foi baleado e, embora
socorrido, não resistiu aos ferimentos.
Com
o quinteto a polícia apreendeu, além da metralhadora antiaérea, calibre
ponto 50, armamento que, com munição específica, pode ser usado pra
perfurar a blindagem de carros-fortes. Também foram achados quatro
fuzis, dentre eles um do modelo AK47, uma pistola de fabricação
israelense, farta munição, carregadores alongados (comporta maior
quantidade de munição), além de equipamentos como RED DOT (mira
vermelha) e diversas ferramentas empregadas no arrombamento de cofres e
carros-fortes.
O grupo é acusado de,
pelo menos, cinco ataques a caixas eletrônicos em 2012, nas cidades de
Sento-Sé, Jaguarari, Luís Eduardo Magalhães, Souto Soares e Itaguaçu.
Com estas prisões, a polícia também elucida os assaltos as agências do
Banco do Brasil (Barra, Cocos e Baianópolis) e do Bradesco (Barra e
Cocos). Também é atribuída à quadrilha a prática de dois roubos a bancos
ocorridos em Amargosa e uma tentativa de arrombamento ao cofre de uma
agência bancária em São Desidério.
O
bando agia fazendo cordões humanos ao redor das agências assaltadas,
após dominar as forças policiais dos municípios. Já os carros-fortes
eram interceptados nas rodovias. “Nós conseguimos executar uma operação
que durou seis meses e esperamos que outras quadrilhas sejam presas”,
disse o secretário da Segurança, Maurício Teles Barbosa.
Estatísticas
Na
semana passada a SSP divulgou os números dos principais índices de
criminalidade no estado e um dos mais positivos foi ressaltado, quando
se estabeleceu um comparativo do primeiro semestre de 2013 com o mesmo
período do ano passado, em relação a delitos contra instituições
financeiras. “A criação do Grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra
Instituições Financeiras (Garcif) da Polícia Civil, a ampliação das
Companhias Independentes de Policiamento Especializado (Cipes) da
Polícia Militar, além da modernização e investimento na parte de
inteligência policial, contribuíram decisivamente para que a redução
chegasse a atingir 6,5%”, esclareceu Barbosa.
Fonte: Ascom/SSP-BA
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